quinta-feira, 18 de abril de 2013

Jesus se colocou no nosso lugar!


Estávamos no hospital por causa da icterícia que o Efraim teve... é, nem bem tínhamos saído do hospital aqui de Ipameri e já estávamos em outro lá em Catalão!
Hospital é um dos ambientes que não gosto de jeito nenhum, por melhores que sejam as acomodações, o cheiro e os ruídos de um hospital parecem impregnar e fazer mal pra gente a começar pelo coração!
Difícil é ouvir os choros, sejam de crianças ou de adultos... chega a cortar o coração da gente por dentro! Isso quando não é o nosso próprio bebê a chorar... não é fácil!
O irmão César, que foi conosco para nos ajudar, resolveu fazer algumas visitas nos quartos perto do nosso. Exatamente no quarto ao lado tinha um bebê com pneumonia... uma tristeza só. A mãe chorava só de olhar pro seu filhinho e ver a condição dele, e dizia "se eu pudesse... gostaria de estar no lugar dele, só pra ele não ter que sofrer!"
Então o irmão César aproveitou a oportunidade e compartilhou com aquela mãe que Jesus fez exatamente isso por nós! Jesus deixou o céu, o seu lugar de conforto, e veio a esse mundo contaminado pelo pecado para se colocar no nosso lugar, nós que estamos doentes, feridos mortalmente pelo pecado.
Que demonstração de amor!!!
Jesus tomou o nosso lugar na cruz, pagou o preço dos nossos pecados, nos deu vida novamente ao nos livrar da morte eterna... tudo isso para que não sofrêssemos a condenação eterna!
Me tocou profundamente ver por esse ângulo o sacrifício de Jesus na cruz por nós... Jesus se colocou no nosso lugar, Ele escolheu sofrer por nós toda a dor... como um pai que ama ao filho e está disposto a fazer qualquer coisa pra que seu filho seja poupado da dor!

Grandes coisas o Senhor tem feito por nós!


É, estamos com um recém-nascido em casa!!!
Nosso baby finalmente chegou... o tão esperado Efraim! Uma benção de Deus!
A vida mudou completamente depois que o Efraim chegou... aliás, nós mudamos, já não somos os mesmos de duas semanas atrás! É incrível como temos que mudar e nos adaptar em um prazo tão curto... a mudança não vem gradativamente (como eu gosto! hehehe...), ela vem de repente, pra mudar tudo mesmo!
Mas, pro Efraim a mudança também foi radical... é, tudo na vida é passageiro, um momento não é igual ao outro... e temos que ir aproveitando cada um dos momentos, porque eles não voltam mais!
Só temos que agradecer a Deus e a tantas pessoas queridas que estiveram nos acompanhando esses dias... é maravilhoso ver a mão de Deus agindo, nos guiando e nos amparando!
São tantas as bençãos que é impossível enumerar todas elas... damos graças a Deus por cada uma delas, desde as menores (e que de forma alguma foram insignificantes!) até as grandes... e grandes coisas o Senhor tem feito por nós, e por isso estamos alegres!

segunda-feira, 25 de março de 2013

Não quero depender de homem...


É incrível a frequência com que ouvimos essa frase dita por mulheres... "não quero depender de homem!"
Dizem com uma certa arrogância, com um certo ressentimento em relação aos homens... dizem até mesmo na frente dos homens próximos a elas, sejam namorados ou maridos, como se fosse um trunfo elas poderem dizer isso, uma certa agulhada no ego deles!
Parecem querer dar ares de total independência, que realmente não precisam dos homens em nenhuma situação das suas vidas... quando no fundo, não é verdade!
É algo dito da boca pra fora, porque no coração sabem que isso não é verdade!
Talvez não queiram depender financeiramente, mas este é só um aspecto da vida como um todo... e as outras áreas?! Nas outras áreas fazem questão que os esposos estejam à disposição delas, ajudando em tudo, dividindo tudo.
Minha opinião (uma vez que tal assunto é tão polêmico e controverso, e não estou nem um pouco a fim de discutir com mulheres feministas!) é que tais mulheres dizem isso porque provavelmente não se casaram e/ou não são mães!
Casar traz uma dimensão nova à vida de uma mulher... enquanto solteira podia cuidar de todos os detalhes da sua vida sozinha, na verdade, tinha que fazer isso, mas com certeza achava o máximo poder ser responsável por todos os detalhes e decisões sozinha! Creio que isso faz parte do desenvolvimento e amadurecimento... é até mesmo necessário!
No entanto, quando nos casamos temos que deixar de lado essa visão unilateral de ser e agir, é preciso aprender a pensar em "nós", uma vez que casar não é só dividir o espaço de uma casa com mais alguém, mas dividir a vida em todos os aspectos com aquele alguém que escolhemos amar!
Já quando engravidamos, a vida nos força a adaptarmos mais ainda... deixamos de ser "nós dois" para sermos "nós três"! Tudo agora tem que ser pensado em aconchegar mais um ser à família!
Tanto no casamento quanto no momento de gestação e posteriormente a maternidade, a presença do esposo é essencial! A força, a companhia, o apoio, o carinho... sem isso é muito difícil ir superando os obstáculos que a vida nos traz!
Acho precioso saber que temos alguém em quem podemos depender!
Dependemos dos nossos esposos, por conseguinte, eles também dependem de nós... nascemos dependendo dos nossos pais... crescemos dependendo de tantas pessoas que passam pelas nossas vidas... dependemos dos amigos... e acima de tudo, dependemos de Deus!!!
E quando damos à luz a um filho, aprendemos o que de fato é a dependência total... uma vez que um ser tão pequeno e indefeso depende totalmente de nós! E ainda assim, continuamos dependendo dos outros!
Creio que é uma benção depender de alguém... e outra benção maior ter pessoas que dependem de nós!
Dou graças a Deus pelo meu esposo!!! Alguém que dependo e vou continuar dependendo... porque amar é depender!!!

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Como você tem coragem?!


Semana que passou fui confrontada com a seguinte pergunta: "Como você tem coragem de trazer ao mundo mais uma criança? Nesse mundo tão terrível como está?"
Essa pergunta já me foi feita várias vezes... mesmo antes de eu engravidar, já havia o questionamento!
É uma pergunta um tanto quanto agressiva... mas também interessante!
O curioso é que eu sempre fiquei meio que devendo uma resposta convincente para a tal pergunta... costumava dizer que na história da humanidade já houve momentos bem piores do que estamos vivendo agora, e que crianças sempre nasceram e vão continuar nascendo... é algo inevitável da vida!
No entanto, o questionamento vai além dessa questão histórica, ele abrange a situação moral em que vivemos no presente momento... e nesse ponto, há que convir, a moral dos dias de hoje está simplesmente terrível!
Eu não sou daquelas pessoas que tem resposta rápida e pronta... levo um tempo pra organizar as idéias, bater o "tico com o teco"! Então, fiquei pensando em como seria uma boa forma de responder tal pergunta!
Me veio à mente o versículo do Salmo 127:

"Se o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o SENHOR não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela."

E aí está a resposta... simples e clara!
O versículo fala de duas ações: edificar e guardar... são dois verbos essenciais para todo casal que pretende formar uma família.
Casar hoje já é um imenso desafio, tudo parece estar na contramão! E casar é edificar um lar, é juntar dois tijolinhos humanos com o cimento divino para iniciar uma edificação... fácil?! De forma alguma! Eis a razão porque é essencial a presença de Deus nessa edificação... sem Ele nada seria possível, nossa tendência humana a resolver os detalhes da vida cotidiana é extremamente falha, por isso a importância de ter Deus nessa equação toda, com a ajuda Dele é possível ir edificando o lar!
Outra questão essencial é a proteção do lar, e nesse quesito nos vemos cada dia mais desprotegidos... são tantos ataques às famílias de hoje, aos lares em construção, que ficamos sem saber exatamente no que devemos focar a nossa atenção: edificar o lar ou proteger o mesmo?!
Tentar dar conta dessas duas tarefas com as nossas forças humanas é impossível... elas continuam sendo nossa responsabilidade, mas é tão confortante saber que Deus nos garante o sucesso na edificação e a proteção necessária ao lar!!! Na verdade, Ele é quem trabalha por nós, edificando o nosso lar e nos dando a segurança que precisamos!
A única condição é envolvê-Lo no processo... Deus tem que estar presente, tem que ser buscado e requerido a cada problema!
Então, baseado nesse texto bíblico, na segurança de que Deus está conosco e na dependência Dele... sim, ousamos ter a coragem de trazer ao mundo o Efraim! Nossa oração é que ele seja um homem de Deus!

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Lista de desejos pra 2013



Se tem uma coisa que eu gosto de fazer todo final de ano é a retrospectiva, creio que faço isso desde a minha adolescência... acho interessante analisar o ano que passou, o que deu certo, e especialmente o que não deu certo!
Percebo que meu ritmo de aprendizagem é lento, nada como um dia após o outro... mas vejo claramente que a misericórdia de Deus é infinita! Deus não desiste de me ensinar, mesmo que eu leve um certo tempo pra aprender algumas coisas simples... e mesmo quando eu não aprendo de jeito nenhum, Ele continua me amando!
Ah, como é precioso poder contar com o amor de Deus... Ele tem um plano, um projeto, para cada um de nós, e por mais que a gente seja teimoso, "cabeça dura", muitas vezes intransigente, Deus tem um método todo especial pra lidar com cada um de seus filhos!
É exatamente isso o que me encanta! Quando olhamos para trás, vemos que Deus sim é grande e poderoso, e que nós somos pequenos, falhos e dependemos da força Dele para continuar!

No entanto, não gosto de fazer planos, alvos e estabelecer projetos para o ano que se inicia!
Vai entender!!!
Já fiz algumas vezes, nunca deu certo pra mim, porque quando chegava o final do ano eu via que muito pouco (ou quase nada!) daquilo que tinha estabelecido como meta eu conseguia de fato alcançar!
Acho que essa frustração, ou o não saber lidar com a frustração, me impediu de continuar fazendo essa famosa lista de desejos para o ano que entra!
Prefiro muito mais ir vivendo um dia de cada vez, ir experimentando o que Deus coloca à nossa frente, aquilo que Ele carinhosamente me concede, mesmo que sejam detalhes pequenos.
Talvez o erro esteja no que eu colocava como alvos pra mim, talvez fosse muito exigente... sei lá! Talvez se eu estabelecesse alvos mais possíveis de serem alcançados...

Bem, vou tentar fazer mais uma vez a lista (de uma forma bem realista!)... e vou orar e entregar nas mãos de Deus!
- sei que nesse ano de 2013 vou ter menos tempo do que tenho agora, portanto dizer que quero ler mais talvez não seja possível... mas quero sim aprender mais, aprender mais de Deus! Aprender na prática, porque de livros e teorias eu já estou bem farta... tenho sentido muito a necessidade de colocar em prática tudo aquilo que já li na minha vida (e foram muitos livros!!!)
- sei que em 2013 teremos um novo integrante na família, creio que isso será suficiente para mudar bastante ou totalmente a rotina aqui de casa... mas quero muito ser capaz de dar conta de atender todas as responsabilidades que terei, sem me esquecer de Deus primeiramente, do meu esposo querido e das atividades da igreja, fora o meu trabalho com as bonecas... socorro!!! Colocando assim, parece quase impossível, mas com a graça de Deus eu creio que vou conseguir!
- espero ter a benção de finalmente assumir a maternidade, a realização de um sonho tão antigo... mesmo que todos digam que o início, os primeiros meses da vida de um bebê seja difícil, espero em Deus ter forças e sabedoria para conduzir essa criança nos caminhos do Senhor!

Esses são meus desejos pra 2013... são alvos que vão exigir bastante de mim, mas dos quais não tenho a opção de me esquivar, farão parte do curso natural da vida... mas continuam sendo alvos em que continuamente precisarei depender da força de Deus!

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Minha Bíblia...

Domingo agora é comemorado o Dia da Bíblia... e enquanto o Francisco prepara a liturgia para esse domingo tão especial, eu me vi lembrando das minhas primeiras experiências com a Bíblia!
Lembro-me que era muito pequena, mas a leitura da Bíblia sempre fez parte da vida da minha família, ia dormir mas não sem antes escutar uma história bíblica contada pela minha mãe, e todos os dias começavam invariavelmente com o culto doméstico... sem contar que a imagem do meu pai deitado na cama lendo a Bíblia é uma das imagens vivas que guardo!
Lá pelos meus 7 anos de idade, eu já estava sendo alfabetizada na escola, era aquela festa de tentar juntar as letras e aos poucos ir decifrando as palavras... e eu tinha livros infantis de sobra, meus pais nunca fizeram economia no que dizia respeito a comprar livros!
Mas meu pai já tinha em mente definido como incutir em mim o amor pela Bíblia... ele me fez um desafio, disse que assim que eu terminasse de ler o Evangelho de João me daria uma Bíblia inteira! Então ele me deu aquele livretinho do Evangelho de João, era tão bonitinho, era o livro de João inteiro, mas num formato tão pequenininho, cabia na palma da minha mão!
E eu me pus a ler o livro de João, como ainda estava bem no início da minha alfabetização eu lia bem devagar e pouquinho por dia, alguns poucos versículos... mas aos poucos fui vencendo, e um dia eu finalmente terminei de ler o livrinho todinho!
Lembro-me com saudade que meu pai me levou ao centro de Campinas, numa livraria evangélica e juntos podemos escolher uma Bíblia para mim!
É uma pena eu não ter mais aquele primeiro exemplar da Bíblia, tinha a capa azul celeste, pra mim era a Bíblia mais linda!!!
Com meus 11 anos de idade eu concluí a primeira leitura completa da Bíblia... foi um evento e tanto! Uma conquista imensa para uma pré-adolescente!
De lá pra cá já completei outras leituras completas da Bíblia, já tive várias Bíblias... ainda tenho uma que ganhei com 12 anos de idade, foi comprada na Sociedade Bíblica em Belém do Pará, tem a capa de couro original (hoje não a uso mais, mas faço questão de guardá-la).
A pouco mais de um ano tive a experiência de perder minha Bíblia num aeroporto, por descuido vim a perdê-la, e só fui notar a sua falta quando fizemos uma ponte aérea em outro aeroporto, chorei horrores, não conseguia admitir que havia perdido a minha Bíblia, todinha marcada e anotada... depois me confortei orando para que ela não viesse a parar num setor de achados e perdidos, mas que alguém viesse a pegá-la e fazer bom uso dela, alguém que Deus provavelmente sabia que precisaria daquela Bíblia naquele exato momento... somente no céu saberei o que aconteceu com aquela Bíblia!
A verdade é que ao longo dos anos vim aprendendo a amar a Bíblia, não como um objeto precioso, mas amar a Escritura, a Bíblia como mensagem de Deus para mim! Confesso que há épocas que leio mais do que em outras épocas, mas a Bíblia é meu refúgio, meu porto seguro, onde sempre busco consolo e a direção de Deus!
Percebi que a leitura da Bíblia vai se modificando ao longo dos anos, hoje vejo detalhes na leitura que não via quando criança, adolescente e jovem... a Bíblia não muda, o que muda é a nossa percepção, as nossas necessidades! E a Bíblia é sempre atual... assim como Deus é sempre presente na nossa vida!
Agora estou grávida e penso no meu próximo projeto, comprar uma Bíblia nova e lê-la toda, enquanto faço as anotações daquilo que Deus chama a minha atenção e que gostaria que meu filho um dia venha a ler... e um dia especial, só Deus sabe quando, dar de presente ao nosso filho Efraim!
Meu sonho é poder passar para a próxima geração esse amor à Bíblia que um dia meus pais plantaram em meu coração!

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Excesso da minha ansiedade...


Estava lendo esses dias a história de Ana, que veio a ser mãe de Samuel... mas que no início simplesmente vivia a sonhar com esse filho!
Ela era estéril, não podia ter filhos... seu coração sentia uma enorme angústia por não poder ter filhos, e mesmo que seu marido a amasse imensamente, ela tinha Penina (a outra esposa) que não perdia a menor chance de a provocar!
Para uma mulher estéril o simples fato de ver outras mães com seus filhos já é tido como uma provocação, imagine então o que Ana não sentia ao ouvir as provocações verbais de Penina, que parecia ter prazer mórbido em fazer Ana chegar ao ponto de se desesperar e chorar amargamente.
Elcana, o esposo de Ana e Penina, tentava por todos os meios compensar a dor que Ana sentia, mesmo porque ele declaradamente a amava mais do que Penina, tinha Ana como o seu xodó particular, a mimava e a favorecia sempre mais do que Penina... Ana provavelmente era grata por todo esse carinho que recebia de seu esposo, mas no fundo do seu coração sabia que somente Deus era capaz de compreender a angústia que sentia!
Ela se dirige então ao templo, ela precisava falar com Deus... precisava desabafar a dor do seu coração, precisava de alguém que a entendesse e que a ouvisse, sem tentar compensar com mais coisas materiais... e Ana sabia que esse alguém era Deus!
Ela derrama o seu coração, descortina tudo o que havia em sua mente e coração... se expõe perante Deus! No entanto, devido à singeleza do assunto e pela tamanha intimidade que estava tendo com o seu Deus, ela não declara em voz alta o que estava orando, ora sim em silêncio. O fato chama a atenção de Eli, o sacerdote que ficava no templo e recebia as pessoas que ali se achegassem, tanto que ele julga que ela estivesse embriagada, ao que ela responde:
"Não, senhor meu! Eu sou mulher atribulada de espírito; não bebi nem vinho nem bebida forte; porém venho derramando a minha alma perante o Senhor. Não tenhas, pois, a tua serva por filha de Belial; porque pelo excesso da minha ansiedade e da minha aflição é que tenho falado até agora."
Ela admite ser uma mulher "atribulada de espírito" e que sofria de "excesso de ansiedade"... e se alguém sofre ou sofreu de ansiedade, sabe perfeitamente o quanto isso fere a pessoa por dentro, é uma dor que chega a corroer, chega a ser difícil de explicar, causa imensos males e até mesmo doenças.
Ana sofria de ansiedade! Este é um mal de tempos antigos, não é daquelas doenças do século, devido à vida corrida dos dias de hoje, dos problemas que hoje enfrentamos... não, ansiedade é coisa antiga!
É bonito ver que Ana tomou a atitude correta quando foi ao templo, quando foi à presença de Deus... ela sabia que ninguém no mundo era capaz de compreender o tamanho da dor que sentia, nem mesmo o seu esposo que a amava tanto.
Ela percebeu que coisas materiais e atenção humana não resolvem o problema que está dentro do coração, ela estava cansada de receber, ela percebeu que precisava tomar uma atitude e pela primeira vez resolve fazer uma doação de si, por essa razão ela faz um voto ao Senhor, se ela tivesse um filho ela o devolveria ao Senhor.
Ela finalmente concluiu que o excesso da ansiedade que carregava sobre os ombros era demais para ela, e decide então desfazer-se deste peso aos pés do Senhor, Deus sim tinha forças para carregar aquele peso, ela não podia mais!
O sacerdote Eli, mesmo sem saber qual era o pedido de Ana, diz a ela que Deus concederia o pedido que ela havia colocado perante Deus... Deus sempre responde as nossas orações, pode não ser da forma que desejamos, mas Deus responde e age sempre em favor do bem dos seus filhos.
A primeira resposta de oração que Ana recebe de Deus é o alívio da dor do seu coração, o relato bíblico diz que Ana "foi seu caminho e comeu, e o seu semblante já não era triste"... quem sofre de ansiedade sabe muito bem que o acalmar do coração já é uma vitória, podemos até não conseguir aquilo que tanto almejamos, mas se o coração estiver calmo, isso já será suficiente para encarar um dia após o outro com mais tranquilidade... a paz de espírito é algo precioso!
Sabemos que pouco tempo depois Ana consegue engravidar e vem a ter o seu tão sonhado filho, Samuel. Ana tem sua segunda resposta de oração, Deus realmente foi favorável ao seu pedido e lhe realiza o sonho da sua vida!
Como cumprimento ao voto que fez perante o Senhor, ela devolve Samuel à Deus, ela o leva para morar no templo e servir à Deus por toda a sua vida. Mais à frente lemos que Deus concede a Ana mais três filhos e duas filhas... ela foi grandemente abençoada!
Ana então ora ao Senhor dizendo:
"O meu coração se regozija no Senhor,
a minha força está exaltada no Senhor;
a minha boca se ri dos meus inimigos,
porquanto me alegro na tua salvação.
Não há santo como o Senhor;
porque não há outro além de ti;
e Rocha não há, nenhuma, 
como o nosso Deus."

(Esta história está registrada em I Samuel capítulos 1 e 2.)